O que é Ethereum? Tudo o que você precisa saber sobre o ETH

Você conhece o Ethereum? Saiba o que é Ethereum e como funciona essa tecnologia na prática, aprenda a investir e armazenar com segurança.

O mundo das criptomoedas e da tecnologia blockchain é vasto e diversificado, e no centro desse ecossistema está o Ethereum, sendo a segunda moeda digital mais valiosa do mercado, após o bitcoin.

Neste artigo, exploraremos o que é o Ethereum, como ele funciona, suas aplicações e seu papel no cenário financeiro moderno.

O que é Ethereum?

O Ethereum é uma plataforma global descentralizada, alimentada pela tecnologia blockchain. Comumente conhecido por sua criptomoeda nativa, o éter (ETH). Mas o Ethereum é muito mais do que apenas uma moeda digital.

O Ethereum é uma plataforma que permite a criação de diversas tecnologias digitais seguras. Além de funcionar como uma forma de pagamento, o ether também é usado para compensar o trabalho realizado na manutenção da blockchain. Além disso, o Ethereum permite a criação de contratos inteligentes, essenciais para aplicativos descentralizados, como os utilizados na finança descentralizada (DeFi) e em muitas outras aplicações.

O éter (ETH) foi criado em 2013 pelo programador canadense Vitalik Buterin e no dia 30 de julho de 2015, ela entrou online com 11.9 milhões de Ethers pré-mineradas da Oferta inicial de moedas (ICO). Desde então, a plataforma tem conquistado uma adoção crescente entre pesquisadores, empreendedores e desenvolvedores que almejam construir aplicações concretas fazendo uso da tecnologia blockchain e do ecossistema do Ethereum.

Explorador de blocos Ethereum, integra-se ao ChatGPT

Como funciona o Ethereum?

O Ethereum foi concebido por Vitalik Buterin, e seu funcionamento é regido por um white paper publicado em 2014. Desde o seu lançamento em 2015, o Ethereum evoluiu para se tornar a segunda maior criptomoeda do mundo, depois do Bitcoin.
A tecnologia subjacente ao Ethereum é a blockchain, uma cadeia de blocos de informação conectados entre si. Cada bloco contém dados e informações sobre transações. A rede Ethereum é validada por uma série de mineradores que validam as informações presentes nos blocos. Isso torna a rede extremamente segura e confiável.

Quem criou o Ethereum?

Vitalik Buterin, programador russo-canadense, criou o Ethereum em 2013, aos 19 anos. Seu white paper propôs ampliar a tecnologia do Bitcoin para descentralizar vários setores. O Ethereum revolucionou as criptomoedas ao permitir contratos inteligentes e aplicativos descentralizados, solidificando sua posição como uma das principais criptos e influenciando as finanças descentralizadas e a tecnologia blockchain.

Ethereum é seguro?

O Ethereum é considerado seguro devido à sua descentralização, envolvendo milhares de computadores que evitam pontos únicos de falha. Utiliza a blockchain e criptografia para registrar transações imutáveis e públicas. Contudo, já teve problemas; em 2016, um hacker invadiu o contrato inteligente do “The DAO”, resultando no roubo de 3,6 milhões de ether, o equivalente a cerca de US$ 50 milhões. Isso levou a um “hard fork” proposto pelo fundador Vitalik Buterin, dividindo a rede em Ethereum e Ethereum Classic.

Embora tenha havido discordâncias na comunidade, o Ethereum continuou como a versão principal, demonstrando as complexidades e desafios da segurança em ambientes blockchain descentralizados.

Uma imagem gerada por computador de um diamante vermelho - Quem é Vitalik Buterin?

Como funciona a Blockchain do Ethereum?

A blockchain do Ethereum é uma estrutura de dados distribuída que contém um registro de todas as transações e atividades na rede. Ela é validada por nós, também conhecidos como mineradores, que resolvem problemas complexos de criptografia para adicionar novos blocos à cadeia.
No entanto, em setembro de 2022, o Ethereum migrou de um algoritmo de consenso de prova de trabalho (Proof of Work ou PoW) para prova de participação (Proof-of-Stake ou PoS), que é mais eficiente e sustentável em termos energéticos.

Bitcoin vs Ethereum

Embora o Ethereum e o Bitcoin compartilhem algumas semelhanças, como serem baseados em blockchain e terem criptomoedas associadas, suas propostas são diferentes. Enquanto o Bitcoin foi criado como uma moeda digital pura, o Ethereum foi projetado como uma plataforma para aplicativos descentralizados e contratos inteligentes.

Como comprar Ethereum?

Há duas maneiras de adquirir suas primeiras frações de Ethereum, uma é comprar via P2P como um amigo ou pessoa próxima. Ou realizar a compra por meio de uma corretora de criptomoedas, as conhecidas exchanges.

A primeira opção é mais rápida, sendo necessário apenas uma carteira de Ethereum. Já a segunda opção conta com algumas burocracias que já conhecemos, bem como a criação de conta com e-mail, senha e verificação de identidade.

Estrada preta e branca durante a noite - Quem é Vitalik Buterin?

Optar por comprar Ethereum em uma corretora é sem dúvidas mais seguro, pois é garantido que você receberá seus Ethers. Já a opção P2P só deve ser adotada com alguém de extrema confiança.

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Quais as melhores carteiras para Ethereum?

Existem vários tipos de carteiras para Ethereum, cada uma com suas vantagens e desvantagens. A escolha da melhor carteira depende dos seus objetivos, preferências e necessidades. De forma geral, as carteiras podem ser classificadas em quatro categorias:

  • Carteiras de hardware: São dispositivos físicos que armazenam as chaves privadas do Ethereum de forma segura e offline. Elas oferecem o maior nível de proteção contra ataques cibernéticos, mas também exigem um custo inicial e podem ser inconvenientes para transações frequentes. Alguns exemplos de carteiras de hardware são Ledger Nano SLedger Nano X e Trezor One.
  • Carteiras de software: São aplicativos que podem ser instalados em computadores, celulares ou navegadores. Elas permitem um acesso fácil e rápido ao Ethereum, mas também dependem da segurança do dispositivo e da conexão à internet. Alguns exemplos de carteiras de software são MetaMask, Mist, Exodus e Edge.
  • Carteiras de papel: São folhas impressas que contêm as chaves públicas e privadas de Ethereum em forma de código QR ou texto. Elas são baratas e imunes a ataques cibernéticos, mas também são frágeis, fáceis de perder e requerem um scanner para realizar transações. Um exemplo de carteira de papel é My Ether Wallet.
  • Carteiras web: São plataformas online que armazenam as chaves privadas da criptomoeda em servidores remotos. Elas são convenientes e fáceis de usar, mas também envolvem um risco maior de roubo, perda ou censura.
Um close up de um objeto de metal em uma placa-mãe - O que é Ethereum?

Quais as vantagens do do Ethereum?

O Ethereum oferece uma série de benefícios. Alguns deles são:

  • Velocidade e eficiência: O Ethereum é mais rápido e eficaz do que o Bitcoin, ao usar um algoritmo de consenso diferente que permite processar mais transações por segundo.
  • Programabilidade: O Ethereum é programável e os desenvolvedores podem usar sua linguagem de programação chamada Solidity para criar contratos inteligentes e aplicativos descentralizados (dApps) com diferentes funcionalidades e regras.
  • Autonomia: O Ethereum elimina a necessidade de intermediários confiáveis, ao permitir que os usuários façam transações diretamente uns com os outros, usando o ether como meio de pagamento. Isso reduz os custos e os riscos de fraude ou censura.
  • Inovação: O Ethereum é a base de um novo tipo de internet, onde os usuários podem acessar serviços financeiros, jogos, mercados, redes sociais e muito mais, sem depender de empresas ou governos centralizados.

Quais as desvantagens do Ethereum?

  • Alta taxa de transação: O aumento do uso, com criação dos tokens e com a movimentação da própria moeda, fez com que o valor da transação subisse a patamares inviáveis para muitas operações.
  • Centralização: O PoS dá mais poder a quem tem mais tokens ETH. Como há muita concentração de Ethereum na mão de poucas carteiras, o argumento é de que a rede tenderia a ficar mais centralizada.
  • Volatilidade: A volatilidade nas criptomoedas evidencia suas flutuações rápidas de preço, exigindo cautela e estratégia para investidores. Esses ativos são de alto risco, com valores instáveis e potencial de perda. Investir requer pesquisa e comprometimento financeiro consciente.
Logotipo da estrela em preto e branco - O que é Ethereum?

Como funciona a mineração do Ethereum?

A mineração do Ethereum é o processo de validar transações e adicionar blocos à blockchain através de computadores poderosos que resolvem problemas criptográficos complexos. Anteriormente baseada em prova de trabalho (Proof of Work ou PoW), a rede migrou para prova de participação (proof-of-stake ou PoS), onde os mineradores são substituídos por validadores que mantêm a rede.

Isso reduz o consumo de energia e melhora a eficiência do sistema, tornando a mineração mais acessível para os participantes que possuem e bloqueiam uma certa quantidade de ether como garantia.

Vale a pena investir em Ethereum?

Investir em Ethereum, como em qualquer ativo, requer pesquisa e avaliação dos riscos envolvidos. O mercado de criptomoedas é conhecido por sua volatilidade, mas as inovações trazidas pelo Ethereum podem torná-lo uma parte relevante do cenário financeiro futuro. No entanto, o Ethereum também enfrenta alguns desafios, como escalabilidade, custos de transação e concorrência.

Investir em Ethereum pode ser uma opção interessante para quem busca diversificar seus investimentos e se beneficiar do potencial de crescimento do setor de finanças descentralizadas (DeFi) e de tokens não fungíveis (NFTs), que são baseados na rede Ethereum. No entanto, investir em Ethereum também envolve riscos, como volatilidade, incerteza regulatória e ataques cibernéticos.

Portanto, antes de investir em Ethereum, é importante fazer uma pesquisa aprofundada sobre a plataforma, o mercado e os fatores que influenciam o preço do ether (ETH), que é a moeda nativa da rede Ethereum. Além disso, é recomendável investir apenas uma parte do seu capital.

Um fundo preto com linhas vermelhas e brancas - O que é Ethereum?

Perguntas Frequentes

O gás (gas – em inglês) refere-se à taxa cobrada por transações e contratos inteligentes na rede. Ele também representa a unidade de medida para o esforço computacional necessário para várias operações. O valor do gás não é fixo e varia conforme a complexidade da ação realizada.

Essa taxa é paga em ether, a criptomoeda do Ethereum. A plataforma permite uma estimativa prévia da taxa de gás para transações. Transações simples custam menos em comparação com operações complexas, como as relacionadas à finança descentralizada (DeFi). Geralmente, as taxas de gás são influenciadas pela oferta e demanda da rede Ethereum.

O Ethereum é mais do que uma criptomoeda; é uma plataforma de tecnologia blockchain. No entanto, ele tem sua criptomoeda nativa chamada ether (ETH), que é usada para várias finalidades na rede.

Sim, é possível converter Ethereum em dinheiro. Plataformas de câmbio de criptomoedas (exchanges), como Binance, Mercado Bitcoin, Foxbit permitem a venda de ETH em troca de moeda fiduciária, que pode ser posteriormente transferida para uma conta bancária.
As Organizações Autônomas Descentralizadas (DAOs) estão sendo desenvolvidas no Ethereum. Elas representam um novo modelo de tomada de decisão e gestão descentralizada, onde as operações são automatizadas e transparentes.

Um marco importante na história do Ethereum foi o hard fork que resultou na criação do Ethereum Classic (ETC). Isso ocorreu após um ataque bem-sucedido a um projeto chamado The DAO, que levou a uma divisão na comunidade Ethereum sobre como lidar com o incidente.

A maioria optou por reverter o ataque, mas uma minoria decidiu manter a blockchain original, o que deu origem ao Ethereum Classic.

Os tokens não fungíveis (NFTs) ganharam destaque, permitindo a representação única e indivisível de ativos digitais na blockchain do Ethereum. Isso tem impulsionado a criação e comercialização de arte digital, colecionáveis e muito mais.

Conclusão

O Ethereum é uma força motriz no mundo da tecnologia blockchain e das criptomoedas. Sua plataforma versátil permite a criação de uma infinidade de aplicações, desde contratos inteligentes até jogos e muito mais. Enquanto a indústria continua a evoluir, o Ethereum desempenhará um papel fundamental no futuro da tecnologia e das finanças. Entender seu funcionamento e potencial é crucial para aproveitar ao máximo as oportunidades que ele oferece.

Se você gostou desse post, continue acompanhando o Cadê a Bufunfa e compartilhe essa dica com aquele seu amigo (a) que ainda não sabe o que é ethereum.

Júlia Santos

Sou uma jornalista mineira com 8 anos de experiência em produção de conteúdo nas editorias de Tecnologia, Finanças, Cotidiano e Marketing.
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