Coinbase, a popular exchange de criptomoedas, obteve uma vitória legal significativa na Suprema Corte dos Estados Unidos em um processo de arbitragem. A decisão da Suprema Corte, com uma maioria de 5 a 4, determinou que um processo movido por um usuário da Coinbase não poderia prosseguir até que a empresa defendesse um recurso de uma decisão de um tribunal inferior.
Essa decisão permite que a Coinbase continue seus esforços para compelir a arbitragem em relação ao processo de ação coletiva em questão, efetivamente interrompendo o andamento do processo nos tribunais federais por enquanto. Embora essa vitória seja específica para a Coinbase, seu impacto direto na indústria de criptomoedas em si é limitado.
A decisão da Suprema Corte
A decisão da Suprema Corte se concentrou exclusivamente na questão de se o tribunal de primeira instância deveria suspender seus procedimentos enquanto o recurso interlocutório estivesse em andamento, e a maioria decidiu que sim. O juiz Brett Kavanaugh, em nome da maioria, afirmou que o tribunal de primeira instância deveria suspender seus procedimentos pré-julgamento e julgamento.
É importante observar que essa decisão não aborda questões mais amplas relacionadas às criptomoedas, exceto pelo fato de a Coinbase estar envolvida no caso. No entanto, é um marco significativo, pois é a primeira vez que uma empresa de criptomoedas apresenta argumentos perante a Suprema Corte dos EUA, e pode ter implicações para outros processos movidos contra a Coinbase.
Apesar dessa vitória para a Coinbase, houve uma opinião discordante redigida pela juíza Ketanji Brown Jackson, com o apoio das juízas Elena Kagan e Sonia Sotomayor. O juiz Clarence Thomas também assinou algumas seções da opinião discordante. A opinião discordante argumentava que permitir que o caso prosseguisse possibilitaria um equilíbrio justo de todos os interesses envolvidos e expressou preocupações sobre as potenciais implicações da decisão da maioria para a litigância federal como um todo.